Organizado pela Escola do Legislativo da ALMG, dezenas de profissionais estiveram na palestra

Em continuidade aos diversos encontros que têm como tema a implantação do Currículo Referência de Minas Gerais, que passará a ser adotado no ano que vem, profissionais da educação participaram, nessa segunda-feira (22/7), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, da palestra Organização curricular da educação básica no Brasil e em Minas Gerais.

Palestrante no evento, a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), Geniana Guimarães Faria, destacou que o Currículo Referência de Minas Gerais está estruturado em desenvolvimento de habilidades.

“Os conteúdos mudam, as coisas modificam. Entendo que nosso caminhar esteja em como desenvolvemos as habilidades dos estudantes, para que tenham pensamento criativo. O que está no currículo é o que minimamente todos os estudantes precisam saber fazer”, disse ao acrescentar que cada escola, a partir desse currículo, organizará seu projeto pedagógico.

A subsecretária também destacou a preparação dos professores como o principal foco deste ano para a implantação do novo currículo. Ela ressaltou que a formação desenvolvida possui uma visão mais integral do processo, tendo sempre a aprendizagem dos estudantes como alvo maior. “Esse é um desafio que assumimos esse ano na Secretaria de Estado de Educação, que para nós é a ação mais importante: a formação dos nossos professores, especialistas, analistas educacionais e gestores para colocarem em prática o novo currículo no ano que vem”.

Currículo mineiro

O Currículo Referência de Minas Gerais é resultado de um ano de intenso trabalho em regime de colaboração entre a SEE e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação - Seccional Minas Gerais (Undime-MG). O documento foi elaborado a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e é o resultado da revisão dos currículos de todas as redes educacionais mineiras. O ano de 2019 está sendo de transição e dedicado à formação dos profissionais da educação e estudo do Currículo Referência. Já em 2020 ele estará efetivamente nas escolas.

Educação integral

Outro ponto abordado pela subsecretária durante a palestra foi a nova educação integral do ensino fundamental da rede pública estadual, anunciada no mês passado pela SEE. Ela falou que pela nova organização curricular, a educação integral no Estado irá muito “além de uma ampliação de tempo. Ampliar tempo não é necessariamente ter uma educação integral. Educação integral é termos uma formação integrada do estudante, uma perspectiva de formação estruturada”, enfatizou.

O novo modelo traz uma matriz curricular articulada entre as áreas de conhecimento e os campos integradores. Além das matérias regulares da base comum, os alunos terão aulas de projeto de vida, cultura e saberes em arte, educação para cidadania, laboratório de matemática, ciências e tecnologia, entre outras disciplinas que passam a fazer parte da matriz pedagógica. A nova educação integral atenderá, neste segundo semestre, 64 mil alunos, em 1.395 escolas estaduais de 533 municípios.